quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Guterres possível representante da ONU no Afeganistão


Kai Eide, actual chefe das Nações Unidas em Cabul termina o seu mandato em Março e não quer ser reconduzido. António Guterres que foi primeiro-ministro português entre 1995 e 2002 e é chefe do ACNUR (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) desde 2005, faz parte da curta lista de cinco nomes em apreciação.

Amado, MNE, disse que se a opção sobre Guterres se confirmar, esta significará “o reconhecimento do mérito indiscutível que o engenheiro António Guterres tem assumido à frente de uma das agências mais importantes da ONU”.

Quanto ao enviado da ONU agora cessante, Kai Eide, os EUA criticaram a sua actuação em várias ocasiões, tendo havido um debate sobre o seu perfil: os norte-americanos queriam alguém que “mandasse”, que coordenasse os esforços do Governo com os das forças militares da NATO e dos embaixadores dos países importantes, mas outros temeram que essa figura anulasse Karzai.

O cargo não é fácil, mas Guterres é perito no diálogo e paciente para esperar resultados a seu tempo. A experiência no ACNUR tem-lhe dado traquejo nos contactos com gentes diferentes dos ocidentais, o que constitui um trunfo e uma garantia de bom desempenho nas suas funções.

Portugal beneficia com a nomeação por ser mais um cartaz bem visível da nossa existência e dos valores de que dispomos.

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