sábado, 5 de junho de 2010

Encerramento de Escolas

Há a promessa, ou ameaça, de serem fechadas cerca de 500 escolas do 1º ciclo no próximo ano lectivo. Como os governantes são pressionados a reduzir as despesas, para baixar o défice, demonstram a sua incapacidade para confrontarem as despesas mais escandalosas decidindo ao acaso contra os reais interesses do povo, daqueles a quem devem defender e proporcionar bons serviços. Mas convinha que os governantes não se esquecessm de que Governar é decidir em benefício da população.

Para maior gravidade, a decisão não foi devidamente ponderada e, por isso, a Oposição acusa Governo de encerrar escolas de forma “unilateral” e a decisão peca por as Escolas a fechar serão do Norte e do interior, e a FNE defende que encerramento de escolas não pode ser feito de forma "cega". Recorda-se que qualquer decisão deve ser preparada seguindo uma metodologia do género da referida em Pensar antes de decidir.

Fica-se com a ideia de que o ensino tem vindo a ser visto com ópticas desfocadas e não se vê sinal de ser arrepiado caminho. Sem dúvida que as despesas devem ser bem controladas e não ser excessivas. Mas os governantes olham para o dinheiro de forma errada, reduzem aquele que se destina às pessoas, na saúde e no ensino, onde se trata de investimento do futuro, mas não lhes passa pela mente a necessidade absoluta de controlar e reduzir aquele que corre em caudais escandalosos para as contas de políticos e seus amigos, que esvai os cofres do Estado e provoca crises financeiras como a actual. Gestores públicos em salários, «prémios» e outras benesses de obscura contabilidade, negócios em que a corrupção e o tráfico de influências, constituem uma agressão aos portugueses, com atropelo da ética, da moralidade, da sensatez.

A redução das despesas, nas suas diversas parcelas, necessitam de sensata ponderação, pois Este não é um filme para ver a preto e branco.

É urgente que se pense na imoralidade de reformas excessivamente elevadas, de reformas acumuladas, se fixe um limite máximo de reformas, na atribuição de carros que não são indispensáveis para o exercício da função, na substituição de carros só porque apareceu um modelo de mais luxo.

Perante as imoralidades vigentes não espanta a notícia de que o Cenário de novo aumento de impostos não está excluído.

Parece que estas decisões saem da cabeça de Criativos não praticantes, sem conhecimento da vida real das diversas regiões e das condições de vida das pessoas que as habitam e sem capacidade para fazerem um esforço de compreensão das implicações de qualquer medida que se pense adoptar.

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