sábado, 15 de janeiro de 2011

Firmeza no combate à pobreza

O chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na tradicional mensagem de Ano Novo, disse "Considero essencial que 2011 fique marcado pela firmeza no combate ao desemprego e à pobreza". Mas o fosso entre os mais ricos e os mais pobres vem continuando a aumentar, sem que haja medidas que o reduzam e que tornam a convivência social mais justa e harmoniosa. A pobreza combate-se eliminando o enriquecimento ilícito, a corrupção, o tráfico de influências, o amiguismo nas nomeações de «boys», os negócios sem concurso público, a falta de controlo apertado das despesas, etc.

Do Editorial do Correio da Manhã de hoje extraem-se as seguintes frases:

«o ano anuncia-se mais difícil ainda para as famílias portuguesas. Aumentam os impostos, baixam os salários e reduzem-se direitos sociais há muito adquiridos.»

«Convidamos os nossos concidadãos a, num movimento legítimo e previsto na Constituição, subscrever uma petição que possa levar o Parlamento à desejável aprovação da criminalização do enriquecimento ilícito.»

«A clareza e bondade das leis são mais determinantes no desenvolvimento de um país do que as suas estradas, o TGV ou aeroportos. É tempo de os cidadãos, todos os cidadãos, se aperceberem da relevância das leis no potencial que um país mostra para atrair e criar riqueza. É tempo de, nos casos extremos como este, convocar os cidadãos para intervirem na área política para lá da mera deposição do seu voto nas urnas.»

«Claro que o enriquecimento sem justificação aceitável é já crime em algumas das mais avançadas democracias do Mundo.»

«Mas em Portugal ainda não. Vamos então apelar ao bom senso e até decoro dos nossos eleitos para acabar com uma anacrónica omissão.»


Transcrevo parte de um e-mail com troca de mensagens sobre este tema:

Primeira: Começa hoje o novo Ano, e começa mal com aumentos e mais aumentos, presentes do desgoverno que somos obrigados a suportar, " democraticamente, claro está... Ah, santa ignorância...

Segunda: O Povo está anestesiado e teima em não reagir. Temos que raciocinar que, se estamos em crise, ela deve ser suportada por todos, principalmente pelos que mais têm beneficiado da exploração dos clientes, dos contribuintes, dos utilizadores, dos beneficiários, dos pensionistas. Mas, infelizmente, não está a ser entendido desta forma pelo Poder. Os accionistas das empresas prestadoras de serviços e de comercialização de produtos de consumo não querem prescindir dos lucros habituais, exorbitantes, os seus administradores não querem perder ao salários de nababos e os prémios e as ajudas e de custo e outras mordomias, e por isso, alheios à crise sobrecarregam os clientes, de forma sem pudor, sem vergonha e sem interferência social do Governo. Os possuidores de fortunas amontoadas em alta velocidade, nunca sentem conveniência de travar, de se imporem limites, e é necessário que alguém os faça parar.

O resultado deste desvario de ambição pelo enriquecimento por qualquer meio é o povinho continuar a ser duplamente explorado em tudo e por todos os tubarões do costume.

E os governantes o que fazem? Não fazem nada para não perder os apoios de quem lhes puxa os cordelinhos, de quem lhes dá, em breve, os tachos que são autênticos asilos dourados para os políticos da terceira idade. Eles asilam-se em bancos, em construtoras, em multinacionais, depois de passarem por cima dos interesses nacionais, dos portugueses.

É preciso denunciar estes escândalos, a fim de o povo abrir os olhos e decidir reagir.

Por tudo isto, e muito mais, devemos colaborar com a iniciativa do Correio da Manhã.

Imagem da Net

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