quinta-feira, 31 de março de 2011

Soromenho Marques em sintonia com António Barreto


Depois das palavras de António Barreto transcritas no artigo anterior, é interessante ler o artigo de Viriato Soromenho Marques que a seguir se transcreve e em que não é fácil enfatizar qualquer das frases, pois todo o texto merece ser bem digerido


Diário de Notícias. 31-03-2011. por Viriato Soromenho Marques


Portugal atingiu o seu ponto mais baixo desde a instauração da III República. A integridade da sua economia, incluindo as suas empresas exportadoras e os seus bancos, a segurança das poupanças dos cidadãos particulares, a expectativa de emprego da juventude, a boa reputação do País nos meios diplomáticos e culturais externos, tudo isso que constitui o precioso capital material e simbólico de uma nação está hoje manchado de opróbrio. Portugal é vítima da sua própria liderança política. A mais incompetente, tanto técnica como moralmente, desde os tempos do terrorismo urbano da I República.

A culpa não é anónima. O primeiro-ministro (PM) resolveu conspirar abertamente contra o interesse nacional, ao abrir, em 11 de Março, uma crise política com o intuito de esconder ao País que nenhuma das medidas levadas a cabo pelo seu Governo nos iria livrar de pedir o apoio do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Com um obrigatório e doloroso "ajustamento macroeconónico", implicando a entrada em cena das regras e dos dinheiros do FMI. O PM quis passar o ónus da culpa para a oposição. E esta, com a cumplicidade do Presidente da República, caiu na cilada. O Parlamento, em vez de censurar o comportamento anticonstitucional do PM, acabou por votar contra o PEC IV, num claro tiro ao lado.

O mais lúcido estadista português vivo, Adriano Moreira, já advertira há muitos anos para o nosso maior perigo colectivo: um défice de confiança gerado nas altas esferas que acabaria por tornar o Estado completamente exíguo. O sistema político implodiu. Os portugueses estão hoje entregues a si próprios, num limbo de incerteza e perigo. Refundar a República tornou-se uma questão de legítima defesa.

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António Barreto sem hesitações


Transcrição da notícia do DN: com a descrição simples e muito clara do momento actual da vida nacional:


Diário de Notícias. 31-03-2011. por Lusa


O sociólogo afirmou que a demissão do Governo foi um "golpe" do primeiro-ministro para provocar eleições, vitimizar-se e que aumenta as dificuldades para Portugal se financiar nos mercados.

"Estamos a pedir em más condições, depois de um golpe de Sócrates que provocou eleições para tentar continuar no deslize e no agravamento em que estávamos", afirmou Barreto, que preside à Fundação Francisco Manuel dos Santos, em declarações à agência Lusa, à margem do lançamento do livro de Vítor Bento, "Economia, Moral e Política".

António Barreto acrescentou ainda que o momento actual do país "corresponde à ideia do primeiro-ministro, de provocar uma crise na qual ele possa, eventualmente, passar por vítima".

O presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos acusou ainda José Sócrates de "caluniar" as entidades internacionais "a quem pede ajuda" e de "caluniar os credores" depois de pedir empréstimos. "Esta duplicidade é um péssimo sinal para o exterior", acrescentou, referindo que se Portugal tivesse pedido ajuda externa há mais de um ano, teria estado em melhores condições para o fazer, e em melhores condições para cumprir eventuais programas de reformas económicas.

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Carrilho propõe desenvolvimento

Manuel Maria Carrilho oferece mais um tema para reflexão, com a sua lógica e clareza ímpar, no artigo que se transcreve.

Diário de Notícias. 31-03-2011. por MANUEL MARIA CARRILHO


Reduzir o que está em causa nas próximas eleições à tagarelice contabilística em torno do défice é de uma lamentável cegueira e mediocridade. Na verdade, só uma coisa verdadeiramente interessa agora - é que as próximas eleições legislativas abram mesmo um novo ciclo na vida do País.

E se um novo ciclo implica naturalmente uma maioria, ele exige bem mais do que isso: exige, para lá de uma clara maioria parlamentar, um novo projecto e uma nova confiança que conquistem a sociedade. Nas actuais circunstâncias, exige uma legislatura patriótica que integre vários partidos, motive os parceiros sociais e mobilize a sociedade civil em toda a sua diversidade.

O País precisa de austeridade, mas precisa também de crescimento. Austeridade sem crescimento não altera o caminho para o colapso, apenas muda a sua natureza e, talvez, o seu timing. A ortodoxia "austeritária" sem mais conduzirá o País por uma espiral cada vez mais intensa de cortes e de protesto, que deixará o País em pele e osso.

É por isso fundamental articular a austeridade com o crescimento. Mas como a austeridade é imediata e o crescimento é a prazo, é fundamental que a sua articulação dê origem a um projecto estruturado que seja bem explicado aos portugueses.

Um novo ciclo também é isso: a substituição da infernal demagogia em que temos vivido por uma pedagogia que saiba combinar o realismo com a ousadia, isto é, reconhecer os problemas que temos e, sobretudo, avançar com soluções inéditas mas credíveis. É tempo de mostrarmos que somos capazes de fazer mais do que auto-estradas, rotundas e estádios de futebol!

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Fogos florestais preocupam bombeiros


Apesar do muito esforço, é difícil de compreender «os cortes orçamentais anunciados para os meios aéreos de combate a incêndios». Os bombeiros profissionais estão «perplexos» com tais cortes.


É estranha e preocupante a naturalidade, facilidade e frequência com que o Governo, com o seu desprezo pelas realidades do país e pela necessidade de preservar recursos nacionais de capital importância, toma atitudes incompreensíveis perante um problema grave que se prevê que este ano será mais desastroso do que o foi em 2010.

Recordemos o que foi escrito em «António José Seguro privilegia prevenção dos fogos» e em «Fogos florestais 2010» e nos textos nele linkados.

Será que o Governo quer reduzir as despesas com a defesa das áreas florestadas, para ter dinheiro para as «Fundações e empresas públicas»? Qual a tabela de prioridades para o emprego do dinheiro público? Será que este é destinado a apoiar os «boys» e depois, se restar algum, então pensará nos portugueses e nos recursos nacionais?

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Parlamento merece aplauso


A notícia de que a Oposição revoga decreto que aumentou limites de autorização de despesa pública permite dizer que Portugal está de parabéns com esta atitude da oposição ao levar o Parlamento, segundo Órgão de Soberania, a desempenhar o seu papel de controlo do Governo, evitando que ele, continue na sua louca corrida para a total destruição dos recursos e estruturas económicas, financeiras, morais e sociais do País.


Nem tudo vai mal em Portugal e está bem visível que a recuperação, a reorganização, a reestruturação e a moralização do nosso País é possível e está ao alcance dos actuais políticos, desde que se saneie os incompetentes e inconscientes que nos governam. Haja ESPERANÇA num futuro melhor para bem das gerações mais jovens e vindouras, aliviando-lhes o inferno que tem estado nas previsões mais realistas

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Fundações e empresas públicas

Depois de vários artigos relacionados com o título deste, de que em baixo são citados alguns, por ordem alfabética, sugere-se a cuidada observação do vídeo a que conduz este link

http://www.tvi24.iol.pt/galeria_nova.html?mul_id=13377657

Eis a lista atrás referida:

- Défice. Solução é reduzir despesas
- Dezenas de institutos públicos a extinguir
- Empresas públicas demasiado numerosas
- Fundações são cancro ou maná?
- Fundações são cancro sem controlo
- Fundações serão cancro incurável???
- Gestores e ostentação
- Gestores públicos com prémios chocantes
- Reduzir a despesa pública
- Reduzir o défice controlando as despesas
- Rui Rio merece aplausos
- Sugestões para o novo Governo

Fundações são cancro sem sontrolo


Transcrição de artigo pequeno mas que contém um tema de elevado significado para a crise que nos aperta o estômago


TSF. 29-03-2011. às 22:49


Na TSF, o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos disse acreditar que há irregularidades em fundações públicas, apesar de não estarem em causa valores significativos.

António Barreto, também sociólogo, reage, assim, aos resultados de uma auditoria do Tribunal de Contas que confirmam que não é possível identificar o número de fundações em Portugal.

Apesar de não haver um número rigoroso, António Barreto estima que são 800 as fundações que deveriam ter as suas contas públicas e auditadas.

O sociólogo considera «desagradável o Estado fazer para si instituições com menos legitimidade». E esclarece que «se o Estado dá o mau exemplo, ele propaga-se a toda a sociedade».

Sobre a falta de um número que quantifique as fundações que existem no país, o especialista concluiu que esta situação «lança a suspeição para quem quer ser honesto».

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segunda-feira, 28 de março de 2011

Governo de que Portugal precisa

Por vir completar de forma mais sistemática e esclarecida o tema prático e objectivo do post Sugestões para o novo Governo, transcreve-se o seguinte artigo com intenção de servir para meditação aos leitores com capacidade de interpretação apartidária e sem amarras.

Sol. 28 de Março, 2011 por José António Saraiva

A caminho de novas eleições, convém ponderar as alternativas possíveis e as soluções que mais interessam a Portugal.
As eleições legislativas devem sempre, na medida do possível, significar uma renovação da esperança.
E isso significa uma mudança de pessoas, uma mudança de discurso, uma mudança de estilo e uma mudança de políticas.
Por isso, é natural que a um Governo do PS suceda um Governo do PSD.

Acontece que, dada a situação que se vive, é vital que o próximo Governo disponha de maioria absoluta.
E será mais fácil o PSD alcançá-la numa coligação pré-eleitoral com o CDS do que concorrendo às eleições sozinho.

A primeira conclusão a tirar, portanto, é que o PSD e o CDS devem concorrer coligados - tentando criar uma dinâmica de vitória capaz de garantir um resultado eleitoral clarificador.
Caso contrário, o resultado das eleições poderá ser uma salada russa, com o PSD, o PS e o CDS ensarilhados uns nos outros, obrigando a arranjos governativos que serão trágicos para o país.
SE o PSD e o CDS concorrerem separados e a soma dos seus deputados não alcançar a maioria, será necessário chamar o PS ao Governo.
Mas aí começarão os problemas: será concebível que Sócrates continue no Executivo, ainda que numa posição subalterna?
E o que sucederá se ele quiser continuar e o PS concordar?

Em segundo lugar, com ou sem Sócrates, a presença simultânea no Governo dos dois principais partidos tende necessariamente a ser conflitual.
É como ter dois galos numa mesma capoeira.

Em terceiro lugar, o novo Governo, em vez de ser o Governo de combate de que o país precisa, seria um Governo permanentemente em busca de compromissos, porque teria de agradar aos dirigentes do PS e do PSD ao mesmo tempo.

Em quarto lugar, seria seguramente um Governo grande, com muitas pastas e muitas secretarias de Estado, porque cada partido quereria dispor de lugares para colocar o seu pessoal.

Em quinto lugar, a presença do PS no próximo Governo seria um poderoso entrave à limpeza que é preciso fazer na máquina do Estado e suas adjacências, que está enxameada de boys; como é lógico, o PS tentaria ao máximo defender as suas posições.

Em suma, em vez de termos um Governo novo e decidido, teríamos uma marmelada - provavelmente com menos capacidade de acção do que este Governo de Sócrates.
Ninguém tenha dúvidas: a presença simultânea do PS e do PSD no próximo Governo conduziria a uma situação de bloqueio, que seria péssima para o país.
Os defensores desta solução fazem um raciocínio aritmético: é preferível um Governo com o apoio de 70% do eleitorado do que um Governo com apenas 45%.

Ora as coisas não podem ser vistas assim.
O próximo Governo tem sobretudo de ser corajoso, coerente e competente.
E para isso deve ser pequeno e ágil.
Tem de estar virado para o país e não para dentro de si próprio - e uma coligação PSD-PS levaria o pior da política para o interior do Governo.

A principal característica do próximo Executivo não deve ser a quantidade mas a qualidade.
E, se for sério e justo, não precisará de ser muito abrangente.
Se falar verdade ao país e começar por dar o exemplo, os portugueses compreendê-lo-ão

Um Governo pequeno, que corte nas suas próprias mordomias, que reduza os assessores nos gabinetes ministeriais, diminua drasticamente o uso de carros oficiais e acabe com o fausto, que imponha limites às empresas sob a sua tutela, terá espaço para pedir sacrifícios às pessoas.
Há muitos anos, na fábrica da Toyota, no Japão, foi necessário despedir umas centenas de trabalhadores.
O patrão da empresa - o senhor Toyota - juntou todos os empregados nas instalações da fábrica, descreveu cruamente a situação e acabou por pedir a quem se dispusesse a ser despedido para dar um passo em frente.
Todos deram um passo enfrente.

Depois ele acrescentou: «Fui eu quem conduziu a empresa a esta situação». E, dito isto, deu também um passo em frente - renunciando logo ali à presidência.

O país precisa de um Governo assim.

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Pugilismo verbal em vez de apelo à união


Num momento em que se pressente que Portugal está em colapso. É lamentável que os maiores responsáveis, dos partidos com mais peso na vida política, percam tempo e energias em actos de pugilismo verbal em vez de unirem esforços para evitar decisões precipitadas e mal preparadas. E o mais grave é que se trata de pugilismo praticado num tapete constituído pelos portugueses, por Portugal, que é desprezado como a relva dos estádios em dias de futebol ou o mexilhão, quando o mar bate na rocha.


Na troca de pedradas ou de murros, fala-se muito do FMI sendo rejeitado liminarmente por uns e aceite por outros mas sem serem explicadas as razões de cada um dos pugilistas, e deixando os cidadãos sem dados que lhes permitam apoiar, com conhecimento de causa, uma ou outra das posições. Como de costume, espremendo os discursos, os argumentos resumem-se ao habitua «porque sim».

Entretanto continua a decidir-se na continuação do agravamento das causas da crise, como se vê no decreto que permite o aumento do valor dos ajustes directos, vindo «simplificar» adjudicações e dando oportunidades a amiguismos, trocas de favores, tráfico de influências, corrupção e enriquecimento ilícito, pecados que há anos João Cravinho quis combater mas que o Poder tem permitido que continuem impunemente, e que têm dado grande reforço á crise que estamos a atravessar e que irá tornar a vida difícil às gerações vindouras.

E embora muito boa gente esteja de acordo em que «deve-se cortar na despesa e não aumentar impostos», continua-se com a obsessão de novos PECs, novos aumentos de impostos, novas alterações ao orçamento, sem surgirem sinais visíveis de reduzir a lista com dezenas de institutos públicos que podem ser extintos

Há quem diga que o «FMI» é uma sigla que pode e deve ser aplicada internamente com urgência e sem aoio estrangeiros, pois resume-se a 
F de fundações que devem ser eliminadas por sugarem o dinheiro público sem nada produzirem que justifique tais gastos;
M de ministérios, secretarias de Estado e outros gabinetes que devem reduzir as despesas exageradas com pessoal a mais e assessores que nada têm contribuído para eficiente acção governativa, como mostra o buraco em que fomos metidos;
I de institutos e instituições a encerrar por não terem finalidade definida e justificada, que apenas têm servido para albergar amigos, sem capacidade para sobreviver com o seu próprio valor, e que têm sido um sumidouro de grande calibre dos dinheiros dos impostos. 

Este FMI parece desejável!!!

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domingo, 27 de março de 2011

Patriotismo e Democracia no PS !!!


Costuma ler-se que o regime de partidos em Portugal não está funcionando em benefício do Pais e que cada partido, voltado para os interesses dos seus «boys» e « girls», actua como uma agência de emprego nomeando os amigos para as melhores sinecuras e, se estas não forem suficientes, criando outras que apenas servem para garantir salário e mordomias.


A seguinte frase retirada de notícia recente, mostra que o que interessa não é Portugal mas o partido e a competição com os outros partidos: «Miguel Freitas, presidente da federação de Faro: "Esta altura não é para abrir brechas dentro do partido. Estamos todos focados em atacar as políticas do PSD", acrescentando que existe "unidade do partido em torno de uma estratégia e do secretário-geral".»

E, para atingir os objectivos de Poder de um «todo poderoso», não há preocupações de democracia e de direitos de todos, como se vê pelas palavras seguintes:

Fonseca Ferreira:
Já Fonseca Ferreira, que concorre contra José Sócrates, diz que os seus apoiantes têm sido alvo de pressões e fala num clima de medo dentro do PS. "A campanha decorreu com muitas limitações internas. Não tivemos condições de igualdade e foram exercidas muitas pressões sobre militantes para saírem das nossas listas". O candidato relata a existência de "vários casos" em que apoiantes da sua candidatura foram "pressionados a desistirem de integrar as listas de delegados ao congresso". "As pessoas têm medo", diz Fonseca Ferreira.

Ana Benavente:
Também Ana Benavente, ex-secretária de Estado da Educação de António Guterres e crítica da liderança de Sócrates desde o início, diz que "há medo no PS". "O PS entrou numa fuga para a frente absolutamente suicidária. José Sócrates quer afundar-se, mas quer que todos se afundem com ele", diz a ex-dirigente socialista, lamentando que os eventuais candidatos à liderança do partido "estejam à espera de ter condições para ganhar" e sejam "medrosos".


Mas não haja ilusões. Os votos não são garantia de competência. E vale a pena recordar que o espírito de rebanho em que as ovelhas obedecem ao pastor e não querem dar-se ao incómodo de pensar, não é de agora, como se viu no congresso do PSD, há cerca de um ano, em que os congressistas votaram por unanimidade a «lei da rolha» e, ao saírem da sala, todos unanimemente se mostraram arrependidos de tal erro!!!

Assim vai a democracia e o sentido de Estado e de responsabilidade, neste pobre rectângulo, cada vez mais pobre.

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sábado, 26 de março de 2011

Sugestões para o novo Governo


Transcrição de texto recebido por e-mail que se julga de interesse para quem tem responsabilidade de governar Portugal:


A guerra contra a chulice, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos!

Nenhum governante fala em:


1. Reduzir as mordomias vitalícias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados; 

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode (ver filme anexo, como vivem, trabalham e ganham os políticos na Suécia);

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego; 

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? se não são verificados como podem ser auditados?

5. Acabar com as Fundações!!! E as mordomias todas dos tipos que se encostam às Fundações pagas pelos impostos de gente honesta!

6. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 nas Juntas de Freguesia;

7. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

8. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

9. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

10. Acabar com os inúmeros assessores dos vereadores municipais, já que os municípios têm trabalhadores capazes;

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores, Madeira, Europa e resto do mundo e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis....

14. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE
ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO DOS DÁ COISA
PÚBLICA....;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder – há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Antigamente os serviços eram chefiados por chefes de secção e de Repartição e agora são administradores (ganhando fortunas para aquilo que fazem e demais para o que sabem)... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, (até porque dentro da administração pública há quadros mais do que capazes de fazer isso) caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar; 

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado. Em vez de 2, 3, 4 reformas, passar a ser uma só;

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, e também do pequeno fugitivo do fisco, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

25. Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

26. Controlar todos os gerentes, administradores e demais trabalhadores que ganham determinado montante e apenas são declarados vencimentos mínimos nacionais, esta lei que tal permite, é do tempo de Salazar!!!;

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros/secretários de estado de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.

30. Pôr os Bancos (trabalham com o nosso dinheiro e cobram-nos taxas de manutenção, etc) e as Seguradoras a pagar impostos equivalentes aos que pagam os cidadãos.

31. Acabar com os vencimentos principescos dos gestores públicos (porque há-de o governador do Banco de Portugal ganhar mais do que o Presidente da reserva federal Norte-Americana?) 

32. Acabar com as nomeações de assessores, chefias intermédias cada vez que muda um governo. Os amigos e apaniguados políticos ajudaram na campanha por serem amigos e membros do partido, não são nossos amigos.

Assim e desta forma Sr. Ministro das Finanças recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado ;

Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste texto.

António José S.C.Correia
Cordiais Saudações
Até Sempre
Bom dia

Rui Rio merece aplausos


Transcrição de notícia que mostra que o bom senso está a regressar a Portugal. É dessa forma que se vai combater a crise. É preciso eliminar despesas inúteis e situações de injustiça social que ocorrem á custa dos contribuintes, para benefício de uns tantos sugadores das energias nacionais.


Correio da Manhã. 25-03-2011. Por:Marcelo Brites com Lusa

Rui Rio pede salários mais baixos no metro do Porto


A Junta Metropolitana do Porto não aceita que o próximo Conselho de Administração da Metro do Porto mantenha vencimentos "elevados", defendendo uma redução face à actual situação do país, disse hoje o presidente da câmara Rui Rio.

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião ordinária da Junta Metropolitana do Porto(JMP), que hoje decorreu em Gondomar, Rui Rio considerou ser "um erro" que os "vencimentos se mantenham num patamar que é injusto para os portugueses", face à actual situação económico-financeira do país.

O presidente da Câmara do Porto afirmou que a presidente desta Comissão de Fixação de Remunerações da Empresa decidiu, sem consultar os restantes membros, que o próximo CA da empresa ganhará o mesmo que o actual.

A JMP decidiu, então, enviar uma carta à presidente daquela comissão dando conta desta posição e recomendando uma redução dos ordenados, disse o autarca do Porto.

A título pessoal, Rio afirmou mesmo que esta redução nos vencimentos "devia ser seguida por outras empresas públicas", mas destacou que, neste caso, "é inaceitável" que a decisão tenha sido tomada sem que tenham sido ouvidos os restantes membros da comissão, que conta com a representação da JMP.

A empresa terá que aprovar as suas contas consolidadas, bem como eleger um novo Conselho de Administração em breve, depois do actual mandato do ter já terminado em Dezembro de 2010.

Estava prevista a realização de uma Assembleia-Geral para quarta-feira, mas esta foi adiada.

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Vara «provinciano deslumbrado» com sucesso


Título de notícia do PÚBLICO:


Equivale a 130 anos de trabalho com salário mínimo nacional!!!!!!

A isso há que acrescentar o que recebeu da Caixa Geral de Depósitos, os «robalos» que o sucateiro Manuel Godinho lhe ofereceu, os lucros do monte alentejano preparado com a «ajuda» dos técnicos do GEPI, a reforma por ter sido secretário de Estado, no MAI, etc.

Enfim, é um homem de sucesso, à semelhança de muitos outros políticos

Mas… devemos estar felizes pela forma como os bancos usam o dinheiro dos nossos depósitos (Não será melhor guardar o dinheiro na gaveta???) e o dos nossos impostos cada vez mais pesados !!!!!!!!!!!.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sócrates irritado com jornalistas


Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Económico. 25/03/11 15:43 Luís Rego, em Bruxelas


Sócrates respondeu com grande crispação a perguntas de jornalistas estrangeiros, que questionavam a situação financeira do país.

No final da conferência de imprensa, visivelmente irritado, dirigiu-se a uma jornalista estrangeira, que lhe havia perguntado em português do Brasil sobre a capacidade do país se conseguir refinanciar em Abril.

Com o dedo em riste, ar ofendido e voz acima do tom, Sócrates afirmou que "não andamos por aí a pedinchar, temos dinheiro suficiente" e "temos dignidade", perante o olhar surpreso da jornalista. Antes já tinha demonstrado um comportamento mais ríspido que o habitual, acusando a mesma jornalista de enfraquecer o país com a sua questão. "Desculpe mas todas estas perguntas, são perguntas para enfraquecer a posição portuguesa e portanto rejeito-as desta forma", disse, batendo com a mão na mesa enquanto dizia "Portugal tem condições para se financiar nos mercados".

Outro jornalista estrangeiro, de uma agência alemã, que o questionou sobre se uma ajuda a Portugal poderia estabilizar o euro, também ouviu uma resposta ríspida. "O que causa a especulação são essas perguntas e esses rumores". E disse que essa ideia que uma ajuda seria boa para a Europa é uma "ideia infantil", notando que outros países [a Espanha] ficariam mais expostos. "Era dar razão à teoria do dominó. Não, isto tem de parar e vai parar aqui" - disse levantando a voz. "Espero que isso seja claro, está bem?", concluiu.

NOTA: Ficamos mais esclarecidos, não quanto à nossa capacidade de sobreviver financeiramente, mas quanto à qualidade do nosso PM demissionário.

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Reflectir antes de decidir


Seguindo alinha orientadora exposta em Pensar antes de decidir, D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e presidente da Conferência Episcopal e conhecido pala sua profundidade de pensamento, apela à união contra decisões precipitadas.



Aconselha que há «necessidade de encontrar respostas reflectidas face ao momento de crise política e económica que o país atravessa»; considera que, «na actual situação do país, a urgência de soluções não deve levar a decisões precipitadas»; e por isso, “por vezes, é preferível demorar um pouco mais de tempo a pensar para que as respostas, quando surgirem, sejam as mais adequadas para o momento que estamos a viver”, O Arcebispo Primaz de Braga reitera que «o momento deve ser de união e não de divisão».


E aconselha ao diálogo para uma concertação na procura das melhores soluções geradas com o contributo de uma variedade de pensadores. E afirma cautelosamente com a sua a sua experiência e sabedoria das realidades do País: “Creio que o grande problema de Portugal também está aqui, pessoas que pensam ou que vão pensando, mas um pensamento fragmentado. Enquanto não conseguirmos congregar num pensamento alicerçado numa variedade e numa diversidade muito grande, com dificuldade encontraremos uma solução justa para todos os problemas tão graves”.

É neste ponto do estudo dos problemas para a tomadas das decisões mais importantes para a vida dos portugueses e o futuro de Portugal que a coligação alargada é útil, mesmo que informal e apenas para obter convergência de esforços e vontades a bem dos portugueses. 

Neste momento crítico, as pessoas e a sensibilidade para as questões sociais, devem estar sempre presentes na mente dos políticos. Se estas sugestões de Jorge Ortiga não forem seguidas pelos políticos, poderão vir a concretizar-se na gestação de uma vontade colectiva da sociedade civil e ocasionar algo parecido com aquilo que tem estado a acontecer em países geograficamente próximos.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Extirpado o cancro vem a quimioterapia


Foi, enfim, extirpado o tumor maligno cujos efeitos estavam a ser demasiado dolorosos, não por falta de alertas e de sugestões de terapias que pareciam ser sensatas e prometiam ser eficazes, mas por fixidez de teimosias, arrogâncias, vista curta, opacidade das decisões, amiguismo, ostentação, suspeitas variadas de corrupção e enriquecimento ilícito, etc.

Agora, não acreditando em milagres, teremos que aguentar a recuperação da cirurgia para, depois , nos sujeitarmos à quimioterapia que costuma ser agressiva e causar sofrimento. Será bom que todo o pós-operatório seja conduzido com inteligência, sentido de Estado e olhos postos nas pessoas que sofrem os efeitos do estilo de governação, tal como mexilhão perante o mar a bater na rocha ou a relva dos estádios em tempo de jogo de futebol. De qualquer forma, a recuperação total demorará muito tempo, sempre mais do que desejado.

É opinião generalizada de que o défice sendo o resultado de uma subtracção entre a receita e a despesas e estando aquela já em limites demasiado causticantes para os contribuintes mais fracos e idosos, será sensato e mais racional combatê-lo através da redução das despesas com uma adequada reorganização da dimensão e do funcionamento da máquina administrativa, sendo prudente seguir, entre outros estudos, a lista apresentada aqui. Será também bom olhar para bons exemplos dos países amigos, como este e este

Nunca deve deixar de se pensar nas pessoas e, principalmente, na herança pesada que já se criou para as gerações vindouras e que deve ser aliviada. 

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Jovens perante o futuro de Portugal


A JSD apresentou ontem, no Porto, medidas destinadas a «cortar 1.577 milhões de euros na despesa do Estado»:

- privatizar a RTP,
- encerrar os Governos civis,
- diminuir o investimento em consultoria, assim como na publicidade e
- suspender algumas obras públicas como o TGV e o novo aeroporto.


Muito mais podia ser aditado a esta lista e será bom que se debrucem na situação dos institutos e empresas públicas citadas em «dezenas de institutos públicos que podem ser extintos» e sugiram soluções concretas para restaurar Portugal.

Para um septuagenário, o futuro é curto e sem exigir grandes preocupações, porque o fusível pode queimar-se a qualquer momento mas, para um jovem, o futuro merece muita atenção e não deve ser menosprezado porque corresponde a muitas décadas de vida. 

Por isso, a Juventude deve usar do seu direito e dever de cidadania para influenciar por todas as formas ao seu alcance, a reestruturação de Portugal para o seu desenvolvimento e modernização a fim de poder ombrear com os seus parceiros na competitividade no máximo de sectores da economia, da ciência, da tecnologia, etc. Não se cansem de alertar, sugerir, propor, criticar de forma construtiva, enfim, contribuir para um futuro melhor para os portugueses de amanhã.

Nem tudo precisa de ser inventado, pois há bons exemplos em países desenvolvidos e nossos parceiros na UE, basta adaptar à nossa idiossincrasia, às nossas melhores tradições, ao nosso povo, que deve ser sempre considerado o principal factor, o principal alvo da Governação.

PR sem margem de manobra !!!


Transcrição de notícia seguida de NOTA:


TSF, 22-03-2011. às 19:56


O Presidente da República afirmou, esta terça-feira, no Porto, que a rapidez com que a crise política evoluiu «reduziu substancialmente» a sua margem de manobra para actuar preventivamente na questão do novo PEC.

«Esta questão passou muito rapidamente para o plano dos partidos e da Assembleia da República. Pela forma como o programa foi apresentado, pela falta de informação, pelas declarações que foram feitas quase nas primeiras horas ou até nos primeiros dias, tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra para um Presidente da República actuar preventivamente», frisou.

Cavaco Silva recusou-se a «antecipar cenários» e a fazer «especulações em público» antes do «debate importante que vai ter lugar na Assembleia da República».

NOTA: Camões disse «Não louvarei capitão que diga não cuidei». Onde tem andado o PR durante estes anos? Porque não ordenou aos ses colaboradores o estudo permanente dos vários sintomas que têm surgido, por forma a prever a evolução da situação e preparar antecipadamente as suas atitudes perante o aparecimento dos factos? Porque não luta contra a sua crónica hesitação, o excesso de ponderação paralisante, a sua tendência para os tabus, para o sistema de esperar para ver? Na sua função, qualquer actuação ou ausência dela pode influenciar seriamente os interesses nacionais, para bem ou para mal. O nosso povo diz sabiamente que «vale mais prevenir do que remediar».

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terça-feira, 22 de março de 2011

Lacão rima com desilusão

Já aqui disse que não costumo ver televisão por considerar que, na maior parte das vezes, é um mau emprego do tempo. Mas ontem, ao ver numa notícia online que o Doutor Jorge Lacão, como ministro dos Assuntos Parlamentares, ia discursar ao País acerca da entrega do PEC pelo Governo ao Parlamento, julguei, com a minha ingenuidade e o optimismo que procuro não perder, aprender algo sobre o novo PEC e as medidas que estão a ser preparadas para bem dos portugueses, para tirar Portugal da crise que tem sido alimentada por políticos incompetentes e pouco dedicados à causa nacional.


Mas, em vez de ouvir o Senhor Doutor, falar dos problemas de Portugal, deparei com ele a agir como fera acossada, refugiada na sua toca e mostrando as garras contra eventuais adversários. Foi uma desilusão, que rima com Lacão, com ostentação. 

Em vez de falar de Portugal, da situação actual que, pelos vistos, continua a exigir mais e mais sacrifícios aos já mais sacrificados, limitou-se a denegrir o partido mais temido, num género de queixinha infantil, do menino Zequinha das anedotas. Referiu seis ou sete «incoerências e contradições» do PSD, num discurso que deve ter dado muito trabalho a preparar, mas que nada interessa verdadeiramente aos portugueses que pretendem saber como vamos sair do buraco e viver nos próximos tempos.



Como errar é humano, o PSD, naturalmente, não é isento de imperfeições mas, no momento presente, o PS não tem autoridade moral para dizer mal de qualquer partido da oposição. Os erros que tem cometido, a situação muito denunciada quanto a despesas injustificadas, como por exemplo, as Dezenas de institutos públicos a extinguir, retiram–lhe tal autoridade moral e não dão crédito à lição que Lacão quis ministrar.

A maior incoerência, contradição e desilusão veio de Lacão… até rima.
O PEC quer apertar mais o cinto dos pobres mas continua com os mesmos gastos desnecessários com os seus «rapazes». 

Lacão em vez de falar do PEC e de Portugal limitou-se a dizer mal do partido que teme, portanto colocou o interesse do seu partido e a competição com o seu rival acima de Portugal, colocou a luta interpartidária acima do respeito que deve ter pelos portugueses.

Esta é mais uma prova de que a sensatez não abunda na mente dos políticos que estamos condenados a suportar. E, como diz «Eduardo Lourenço: Os políticos são os nossos representantes, não os nossos chefes». Logo devem evitar tanta arrogância e ostentação de poder.

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segunda-feira, 21 de março de 2011

Como compreender o fantasma da crise política???


Por um lado encontramos a notícia Teixeira dos Santos: crise política é “empurrão para cair nos braços da ajuda externa” que veicula a posição do Governo e do PS, mas que não explica em que é que o FMI ou a ajuda externa pode prejudicar os portugueses que não estejam a beneficiar dos tachos dos «boys» nas empresas públicas e nas centenas de instituições sem finalidade bem justificada face ao interesse nacional e que apenas servem de abrigo a protegidos do Poder, mas que provocam aumentos desmesurados nas despesas públicas e se reflectem no défice.


Por outro lado deparamos com a notícia BE diz que o país «precisa de soluções e não de chantagens» que, de certo modo, vem explicar a primeira e dá uma sugestão prática e mais sintonizada com as realidades sintonizadas com o interesse nacional.

É preciso muita pachorra para procurar descobrir, no meio de tanta fumaça, se há (e o quê?) algo de interesse por Portugal nas palavras dos políticos com responsabilidades governativas. Há quem defenda que uma cirurgia para extrair um tumor deve ser efectuada antes que o doente fique sem possibilidade de cura e condenado à morte.

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Gestores e ostentação


Transcrevo o seguinte artigo, publicado em 02-07-2010 por José Pires no blogue «Pela dignidade e valores do ser humano» e que vinha referido num e-mail de pessoa que muito considero.



Um gestor vale mais do que quem salva-vidas e cria (vários tipos) de riqueza como um médico ou um cientista?
Qual é o dom especial que possuem para que ganhem muito mais que todos os outros? Não se sabe.

Mas essa ignorância não altera os rendimentos.
Mesmo que os resultados empresariais derivem de uma extensa cadeia.
Mesmo que todas as empresas devam ter um papel social. Pois é.
Os nossos trabalhadores são dos mais mal pagos da Europa, mas os gestores são dos mais bem pagos.
Um gestor alemão recebe dez vezes mais que o trabalhador com o salário mais baixo na sua empresa. O britânico 14. O português 32 vezes mais !!!
Mas, segundo um estudo da Mckinsey, Portugal tem dos piores gestores. Logo, quando se fala em reduzir direitos e salários, a quem nos devemos referir? Lógico? Não.
Dizem que os bons gestores escasseiam e é necessário recompensá-los. Senão, fogem do país. Ok.
Então, é simples. Se são assim tão poucos, ide. Não serão significativos na crescente percentagem de fuga dos cérebros que estavam desempregados/explorados. Depois, contratem-se gestores alemães ou ingleses.
Por lá, não rareia tanto a qualidade. Estão habituados a discutir não só ordenados mínimos como ordenados máximos.
E... sempre são mais baratinhos.

Joana Amaral Dias, Docente Universitária

Comentário da remetente do e-mail:
Realmente, este é um país de parolos em que parece que "ser bom" se traduz no tamanho e cilindrada do carro usado e dos fatinhos e gravatinhas ou dos tailleurs e saltos altos...
Triste realidade quando comparada com a de outros países (que conheço, vi, ninguém me contou) em que os melhores se deslocam de transportes públicos, de bicicleta ou a pé para os seus postos de trabalho, com roupas práticas - de quem vai trabalhar.
Enquanto as mentalidades não mudarem - que é sempre o que mais demora - nada feito...
Ser em vez de ter - ou de parecer - seria o mote.
Pode ser que um dia...
J.

NOTA: Há dias passou por mim um «Maserati» de matrícula recente. O trânsito estava lento e o condutor procurava dar nas vistas, ou nos ouvidos, acelerando o motor que tem um trabalhar com som característico. Fiquei a pensar que podia tratar-se de um traficante de droga, ou um gestor público colocado nas funções por ter sido político, um daqueles «provincianos deslumbrados de que muito se tem falado nos jornais e e-mails. Neste país de parolos como a J. diz, faz-se mais uso do ter do que do ser. E os exemplos vêm de cima, daqueles que, dessa forma, procuram ocultar a sua vacuidade cerebral.

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domingo, 20 de março de 2011

O Mundo pela Paz


Perante a notícia de que Mísseis da coligação começaram ofensiva contra Khadafi, na sequência de decisão da ONU, com apoio da União Europeia, da Liga Árabe e da Unidade Africana, parece poder concluir-se que o mundo está no bom caminho, na defesa dos direitos humanos e da democracia e na luta contra ditadores e opressores das liberdades fundamentais. Este caso vai além de conflitos internacionais para entrar em assuntos internos de injustiça social em que se previam massacres acrescidos contra populações descontentes com governo iníquo.


Ao dizer isto, não contradigo o muito que aqui tenho publicado em defesa da paz pelas conversações, negociações e contra a guerra. Esta deverá ser a última medida depois de terem fracassado todas as tentativas pacíficas de solução para dificuldades de entendimento.

Quem, pesquisar nos meus blogs pelas palavras conversações, negociação e paz encontra variados títulos de que cito os seguintes, por ordem alfabética, para facilitar o trabalho a interessados mais carentes de tempo:


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sábado, 19 de março de 2011

Modernismo um mal actual


Transcrição de artigo seguida de NOTA:


Destak. 17 | 03 | 2011 20.52H. Por J.L. Pio Abreu


No tempo em que lutávamos contra a ditadura, as forças de esquerda também se chamavam progressistas. Acreditava-se então que o progresso traria a democracia, que o desenvolvimento científico e tecnológico seria colocado ao serviço dos humanos, que o desenvolvimento económico faria os povos mais livres e cultos, e que estes tenderiam a organizar-se no respeito pelos seus semelhantes e pela própria natureza.

Não tínhamos previsto que tudo evoluísse muito mais depressa do que a capacidade de adaptação humana. Que os humanos ficassem limitados pelas suas línguas e culturas, enquanto a globalização criaria um conjunto de líderes mundiais apenas preocupados com o seu proveito. Nos mercados, com a sua especulação, na destruição da natureza que tentavam transformar, no imediatismo da procura de energia barata.

A submissão da política aos mercados financeiros globais, a criação de maiores assimetrias, as ditaduras feitas pela posse dos bens estratégicos, a revolta dos povos e as guerras civis, os desastres ecológicos e a explosão das centrais nucleares são hoje a consequência desse progresso de tal modo acelerado que não teve tempo de ser pensado.

O mundo está trágico e caótico, apelando a que este progresso pare um pouco. Chegou-se ao fundo dos átomos e dos genes, mas aqueles que os manejam não ultrapassaram ainda a vivência tribal. Neste estado, o único progresso que faz sentido é o da fraternidade humana. Da cultura, do amor, da compaixão.

NOTA: O desenvolvimento rápido das tecnologias originou o consumismo, a ostenmtaçãi da novidade, da moda, o materialismo egoísta, o afastamento de valores cívicos, de respeito pelo outro, de solidariedade. E, por isso, hoje o homem está moralmente mais recuado do que na era do paleolítico, chegando a deixar de merecer o adjectivo de racional para dever aprender muitos exemplos dados pelos animais ditos «irracionais», que mantêm os laços de família de manada, de adaptação ao meio ambiente, sem o degradarem inutilmente.

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PEC e PECadores


Transcrevem-se duas notícias de campos opostos para se meditar sobre os argumentos usados, as verdades e «inverdades» as realidades e as fantasias, a segurança e a insegurança, a importância dada aos interesses nacionais e aos interesses partidários, o respeito ou desrespeito pelos portugueses, das duas posições. Cada leitor, cada eleitor deve analisar livremente os factos e formar livremente a sua posição, procurando não se prender com afectos e preconceitos.

PÚBLICO. 19.03.2011 - 03:00 Por Lusa

O ministro da Presidência alertou a oposição de que uma crise política neste momento é “irresponsável” e tem consequências “perigosas” para a economia do país, garantindo a abertura do Governo para dialogar com os outros partidos, nomeadamente o PSD.

Pedro Silva Pereira falou aos jornalistas em Faro, à entrada para uma sessão de apresentação da moção estratégica que José Sócrates vai submeter ao Congresso do PS marcado para Abril, e garantiu que o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) 4 é a forma de o partido “defender Portugal na governação”. 

“Estamos a preparar-nos para um Congresso. O PS tem Congresso marcado para Abril, vai ter eleições para secretário-geral no final deste mês, mas está muito mobilizado e bem consciente das suas responsabilidades neste momento”, afirmou Pedro Silva Pereira, dizendo que o Executivo quer “poupar ao país uma crise política totalmente irresponsável”.

Silva Pereira disse que os “os portugueses já perceberam quem está a tentar tudo para evitar uma crise política irresponsável e quem tem uma posição irredutível e se recusa a negociar” e deixou uma mensagem ao PSD.

“Se quiser fazer alguma coisa para evitar esta crise política tem bom remédio: é sentar-se à mesa com o Governo, que está disponível para discutir todas as medidas do PEC”, desafiou. 

O governante acrescentou que “se o não fizer os portugueses tirarão a conclusão mais fácil, a de que o PSD não quer outra coisa senão precipitar o país numa crise política, na pior das alturas, com riscos gravíssimos para a economia”.

“Mas mais uma vez estamos num momento decisivo para o futuro próximo do país, na medida em que neste momento se discute em Portugal uma crise política. E aquilo que os responsáveis políticos devem pensar é saber se convém neste momento a Portugal interromper uma legislatura a meio, interromper o esforço que os portugueses estão a fazer e deitar por terra o esforço das empresas para enfrentar esta situação difícil e precipitar o país numa crise política”, afirmou ainda Silva Pereira.

O ministro da Presidência disse que o Governo considera essa alternativa “irresponsável e perigosa” para o financiamento do Estado.

“É perigoso para o financiamento do Estado. Não é só para aquela colocação da dívida que as pessoas ouvem falar nas notícias. Quando um país não consegue colocar a sua dívida, isso arrasta consequências generalizadas para o financiamento da economia, para a solidez do seu sistema financeiro, para a capacidade de recurso ao crédito por parte das empresas, e quando as empresas não podem recorrer ao crédito é toda a sua actividade económica e o emprego dos trabalhadores que está em causa”, frisou.

Pedro Silva Pereira sublinhou ainda que o Governo e o PS estão “a alertar todos os responsáveis políticos, também em particular o maior partido da oposição, para as consequências desta sua posição de intransigência e irredutibilidade”.

“É por isso que dizemos que da nossa parte a disponibilidade para o diálogo é total e isso é uma outra forma também de defender Portugal num momento difícil”, concluiu.




PÚBLICO. 19.03.2011 - 03:03 Por Lusa

O líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, defendeu esta noite que “se o primeiro-ministro queria um quadro de normalidade democrática e diálogo, com qualquer um dos partidos, devia ter conduzido o processo de uma forma diferente”.

Falando à margem de um debate sobre a “Situação Política Nacional”, promovido pelo PSD de Vila Franca de Xira, o social-democrata afirmou que “foi o primeiro-ministro que quis esta crise política e não pode agora vir propor um diálogo que nunca quis”.

O líder da bancada referiu ainda que “o PSD sente-se enganado porque o PEC 4 [Plano de Estabilidade e Crescimento] tem medidas que o partido recusou quando negociou na Assembleia da República a viabilização do Orçamento de Estado para 2011".

Miguel Macedo adiantou não fazer comentários sobre um possível cenário de eleições antecipadas, mas reafirmou que o partido não viabiliza as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.

“O que temos pela frente é a apreciação deste PEC, vamos votá-lo primeiro e vemos depois o que se passa a seguir”, disse.

O líder da bancada admitiu, no entanto, ao longo do debate, que “se tivermos que fazer uma campanha eleitoral, não vamos fazer uma campanha de promessa e de fantasia, temos que dizer aos portugueses qual é a situação real do país”.

O líder parlamentar sublinhou ainda que “o Governo insiste em não falar verdade aos portugueses, não quer assumir aquilo que aconteceu em relação a estas medidas e não quer explicar o que esteve a fazer em Bruxelas”.

Miguel Macedo aludiu ironicamente às declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, sobre a intervenção do ministro das Finanças, segunda-feira, na apresentação do novo pacote de medidas de austeridade, quando a classificou de “desastrada e desastrosa”.

“Percebo que tenha havido equívocos porque em bom rigor não foi o Governo que as fez, alguém veio de fora e, durante algumas semanas, preparou estas medidas e o Governo não teve tempo de as estudar”, concluiu.

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