quinta-feira, 21 de abril de 2011

Risco de motim não deve ser negligenciado


Segundo notícia do Jornal de Notícias, «o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, José Manuel Anes, considera que o risco de motins em Portugal é reduzido, mas admite que pode aumentar se a situação económica e social se agravar». Convém que não sejam criadas ilusões acerca do adjectivo «reduzido» e ter presente que desta notícia ressalta que a eclosão de motins pode acontecer, e é preciso fazer uma análise permanente, dinâmica da evolução da situação, porque as probabilidades podem alterar-se a qualquer momento e é indispensável ter isso em atenção na tomada de medidas que reduzam os descontentamentos por razões económicas e sociais. Estes aspectos tornam-se demasiado melindrosos e não devem ser descurados.


Os alertas não faltam, como se vê hoje no artigo «Crise» do economista professor João César das Neves. E qualquer descuido, mesmo que aparentemente sem significado, pode ser a espoleta da explosão, como pode acontecer se o atraso do pagamento de vencimentos aos militares, neste mês, voltar a ocorrer. Neste caso, foi muito prudente e oportuna a reacção do PR ao dar audiência ao ministro da Defesa, mesmo fora das horas normais de serviço.

E dando credibilidade ao que disse o Cardeal Patriarca de Lisboa quando referiu a "alergia dos portugueses face aos partidos", conclui-se que a eventualidade da eclosão de motins não se previne apenas com palavras bonitas, que já não são levadas a sério, mas exige medidas sensatas e adequadas à situação, a fim de serenar os ânimos e criar esperança e confiança na acção positiva dos governantes.

Imagem do Google

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