quinta-feira, 23 de junho de 2011

Inspecção Geral de Finanças funciona !

O trauma da crise tem dois aspectos que, complementando-se, hão-de dar bom resultado na recuperação de anos de atraso continuado. Por um lado, saltam agora da obscuridade actos menos dignos que parece terem sido intencionalmente ocultos.

Das notícias mais recentes chamam mais a atenção as que se referem à gestão do dinheiro público que não tem sido objecto do devido respeito. A Inspecção Geral de Finanças detectou casos como:

- Entidades de supervisão do sistema financeiro pagaram seguros de saúde a 569 familiares de trabalhadores
- "Graves deficiências" na contratação de consultoras e outros serviços por empresas do Estado
- Ausência de controlo nos negócios de sucatas por empresas do Estado
- Ministério da Justiça não sabe o que paga nem a quem paga
- Auditoria das Finanças detecta pagamento de subsídio de compensação a magistrados já falecidos

Estas notícias demonstram que os interesses do Estado e a gestão do dinheiro público, dos nossos impostos, têm carecido de cuidados de rigor e seriedade. Não se compreende como se mantiveram ocultos, nem quais as forças que impediram que estes casos tivessem sido detectados, avaliados e sancionados, para que o sistema passasse a funcionar de forma corecta. Talves seja a mudança de Governo que esteja a produzir efeitos.

Mas ao lado do choque que estas notícias causam, há o aspecto positivo que estimula a esperança de que todos os vícios do sistema sejam analisados, avaliados, sancionados e corrigidos pde forma a não persistirem nem virem a ser retomados. A crise deve ser aproveitada para se limpar a casa e eliminar tudo o que é dispensável e o que é prejudicial. Há que lutar por simplicidade, frugalidade, eficácia, rigor, de que resulte óptima gestão dos recursos.

Imagem do Google

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