segunda-feira, 14 de julho de 2014

SUBJUGADOS POR UM POLVO OU POR UMA HIDRA?


Devo dar realce a uma troca de mensagens com o Amigo Arnaldo MF, acerca da opinião muito generalizada de que estamos a ser dominados e explorados por um polvo de inúmeros tentáculos. Segundo ele, o perigo é maior do que o polvo, pois a imagem mais adequada é a da hidra mitológica com sete cabeças e muitos tentáculos que pode sobreviver depois de lhe cortarem todas as cabeças menos uma.

Quanto à hidra, o problema não está no poder e volume da cabeça, mas na multiplicidade das suas cabeças, o que torna difícil o seu corte de um só golpe. Sem dúvida, como se pode destruir o Bilderberg, ou a Maçonaria, ou a Opus Dei, etc.? Estas variadas organizações podem ser consideradas como braços do polvo. Mas, por outro lado, é certo que têm uma raiz comum que é o vil metal e a paixão que ele gera em todas as mentes da elite do poder, mesmo nos degraus mais baixos da escala social.

Por isso, talvez, o mundo só possa libertar-se de tal perversidade, com um «apocalipse», uma revolução sistémica, repentina, traumática, que destrua a origem das vaidades e de que renasça uma "Nova Era" em que os valores morais e humanos voltem a ser postos acima dos valores materiais, dos poderes económicos e financeiros, cuja raiz comum é o "vil metal" sob a forma de papel moeda ou moeda de papel ou sob quaisquer outras formas que as cabeças da hidra sejam capazes de inventar! Receio, porém, que ainda tenhamos vida para assistir ao nascimento dessa "Nova Era"!...Mas, quando ela vier, que seja bem-vinda para bem da Humanidade, pelo menos para mais dois milénios!

Tal mudança não poderá afastar-se muito das doutrinas de Cristo, de Carl Marx e de outros filósofos frequentemente citados. E, talvez, deva seguir os exemplos da vida de muitas espécies animais da selva, que nós, arrogantemente, consideramos «irracionais», mas que vivem mais felizes, com lógica e disciplina em harmoniosas relações pessoais, familiares e sociais. Dão-nos lições de vida familiar, de distribuição de tarefas, de criação de filhos até o crescimento tornar aconselhável o seu afastamento para a caça e o amor. E também na vida social na busca de água, de alimentos na transumância, na «migração», tudo em equipa disciplinada, sempre com respeito pelos velhos e mais fracos.

Obrigado, Amigo Arnaldo. Espero que a síntese das nossas opiniões não esteja contra o seu gosto. Mas, se tiver algum reparo ou aditamento para esclarecimento do tema, terá aqui espaço para comentar e enriquecer a sua ideia.

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